sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Radar, o bisavô do atual GPS ?

Pequena Explicação
Prezados Amigos e Seguidores do Blog, estou quase terminando a minha Vinheta, porém há exatos 7 dias sofri um pequeno acidente doméstico, que me levou a imobilização com gesso do terço final do meu braço esquerdo, privando-me das condições de trabalhos manuais mais finos. Resultado, a minha Vinheta sofreu uma paralização e um atraso de uma semana, motivo pelo qual hoje sou forçado a postar uma pesquisa em substituição as atualizações do meu trabalho.
Quando estiverem lendo o texto desta pesquisa já estarei a pleno vapor no sentido de finalizar meu mais recente trabalho.
Espero que compreendam e me perdoem...

Radar, o bisavô do atual GPS ?
 


No prelúdio da guerra, vários países faziam pesquisas para investigar a possibilidade de detectar objetos distantes utilizando ondas de rádio.
No período 1934-1939, oito nações desenvolviam, de forma independente e em grande segredo, os sistemas deste tipo: Estados Unidos, Grã-Bretanha, Alemanha, URSS, Japão, Holanda, França e Itália. A Grã-Bretanha, adicionalmente compartilhava os conhecimentos de suas pesquisas com outras nações do Commonwealth: Austrália, Canadá, Nova Zelândia, e África do Sul, e esses países também desenvolveram seus próprios modelos de radar. Durante a guerra, a Hungria foi adicionada a esta lista.
De acordo com as teorias vigentes no pré-guerra, seria possível localizar objetos com a emissão de rápidas descargas de ondas de rádio. Estas ondas, ao se chocarem com objetos sólidos, seriam refletidas e captadas por um receptor. O tamanho do objeto poderia ser determinado pela intensidade do sinal refletido e a distância pelo tempo decorrido entre a emissão e a recepção do sinal.
Em fins do século 19, o físico alemão Heinrich Hertz, já havia realizado estudos demonstrando que objetos sólidos podiam refletir ondas de rádio.
Em fins do século 19, o físico alemão Heinrich Hertz, já havia realizado estudos demonstrando que objetos sólidos podiam refletir ondas de rádio.
 

No começo dos anos 30, os alemães estavam desenvolvendo aparelhos de rádio detecção batizados de Funkmessgerät für Untersuchung (Dispositivo de Medição de Rádio para Reconhecimento, ou Dispositivo sem fio para Investigação).



Em 1934, engenheiros germânicos já haviam concebido um aparelho capaz de detectar um navio ou um avião a aproximadamente 12 quilômetros de distância.
A partir deste modelo, foram produzidos dois equipamentos bastante avançados para a época: o Seetakt para a Kriegsmarine e Freya para a Luftwaffe (Força Aérea Alemã). Entretanto, a marinha germânica não se interessou pelo aparato, apesar de determinar a instalação de Rádio-Telêmetros em todos os seus grandes navios de superfície.



Mas a Luftwaffe, ao contrário, demonstrou grande interesse na nova tecnologia. Conseguindo em pouco tempo desenvolver além do Freya outro equipamento muito eficaz: O Wüzburg.


Corria o ano de1939: Alemães e ingleses disputavam a liderança na silenciosa corrida pelo desenvolvimento do radar.O Freya, de grandes antenas fixas, com alcance de 120 quilômetros, funcionava em conjunto com o Wüzbug cuja antena móvel, em forma de prato podia detectar aviões voando em alta velocidade e alcançava 40 quilômetros.Os Rádio-Telêmetros instalados nos navios da Kriegsmarine revelaram-se muito precisos no início da guerra, sendo de grande valia para controlar o fogo de canhões de grande calibre, porém com o decorrer do conflito, os aliados desenvolveram radares navais mais avançados.
Os alemães também foram responsáveis pelo primeiro sistema a incorporar um mostrador Plano Indicador de Posição (na sigla inglesa, PPI). Na Alemanha, este display era chamado de "Panorama". O Panorama funcionava com o Radar de Alerta Antecipado Jagdschloss.



Do lado britânico, o engenheiro Robert Watson-Watt, realizou as primeiras demonstrações com um sistema Radar em 1935.

Em setembro daquele ano, já existiam equipamentos operacionais com alcance de até 80 quilômetros, fato que levou as autoridades inglesas a cosiderarem seriamente a possibilidade de instalar uma Rede Costeira de Estações de Radar.
 Em 1938 a rede começou a se construída, formando uma cadeia, a chamada "Chain Home". Inicialmente 20 estações foram instaladas, sendo ampliado este número logo em seguida.
No mesmo ano, foram iniciados os testes de um novo sistema de radar, destinado a detectar navios em alto-mar, e em 1939, foram feitas demonstrações de como detectar aviões em vôo.


Os britânicos também desenvolveram estações móveis, denominadas "Chain Home Low" (CHL), capazes de detectar aeronaves em baixas altitudes.
Além disso, também colocaram em operação um sistema para identificação amigo-inimigo (Identification Friend or Foe), que mostrava na tela do radar se os aviões ou navios eram amigos ou inimigos.
No início, os radares, para os aliados eram denominados com o acrônimo RDF (Radio Detection Finder - Busca por Rádio Detecção), com o decorrer da guerra o nome foi modificado para RADAR (Radio Detecting And Ranging).


O Radar revelou-se capaz de identificar dados relacionados às quatro dimensões de um alvo: Distância (pelo tempo decorrido entre a emissão e recepção do eco); Tamanho (de acordo com a forma e comportamento visual do sinal; Posição (com uma antena direcional chamada goniômetro); Altitude (conseguido com a conexão entre várias antenas, sendo este o dado mais difícil de obter).
Para o sistema funcionar com máxima eficiência, operadores hábeis eram necessários, a fim de manejar o equipamento com rapidez e realizar os cálculos necessários para obter as coordenadas do alvo. Dificuldades para determinar a altitude das aeronaves persistiriam durante toda a guerra, para ambos os lados.
O Radar, além de desempenhar um papel vital durante a Batalha da Inglaterra, também foi de grande valia na Batalha do Atlântico, principalmente após a introdução de um aparelho, o Magnetron, que operava em um sistema de 10 centímetros de comprimento de onda, ao invés do anterior, de 100 centímetros. Com ele era possível detectar até mesmo o periscópio de um submarino submerso a várias milhas de distância.




 
Fontes do artigo: 

www.historylearningsite.co.uk

www.iwm.org.uk

www.zdf.de

Luftschlacht über England

       The Most Dangerous Enemy: A History of the Battle of Britain

   Site: Acervo Segunda Guerra Mundial 
 


Espero que tenham apreciado.

Até o próximo post,

Forte Abraço!

Osmarjun

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

92th Divisão de Infantaria Americana


A 92th Divisão de Infantaria Americana era uma unidade do Exército dos Estados Unidos que combateu na Primeira Guerra Mundial e Segunda Guerra Mundial. Organizada em Outubro de 1917, em Camp Funston, Kansas, a unidade era formada na sua quase totalidade por negros americanos e afro-descententes praticamente de todos os estados americanos.
Antes de partir para França em 1918, a divisão foi presenteada com a insígnia dos "Buffalo Soldiers". O apelido “soldado búfalo” data do final de 1860, quando os soldados negros se apresentaram como voluntários para o oeste americano. Os índios americanos, que encaravam a nova ameaça como “homens brancos pretos”, inventaram o termo “soldado búfalo” como mostra de respeito para um valoroso inimigo. De acordo com uma história, os índios pensavam que os soldados negros, com sua pele escura e cabelos encarapinhados, pareciam búfalos. Outra história diz que o nome vem do couro de búfalo que muitos soldados negros usavam durante os duros invernos no oeste, como um suplemento à seus inadequados uniformes do governo.
Com esta segregação, foi a única divisão de infantaria americana composta por negros, colocada em combate na Europa durante a Segunda Guerra Mundial, fazia parte do V Exército e serviu na Campanha da Itália de 1944 até o fim da guerra.
Durante a Segunda Guerra Mundial, as unidades de combate eram racialmente segregadas e muitos deles tinham que provar seu valor para serem aceitos em determinadas companhias. Dos 990.000 negros americanos selecionados para o serviço militar durante a 2ª Guerra Mundial, somente uma divisão negra combateu como infantaria na Europa, a 92ª Divisão de Infantaria. A grande maioria dos afro-americanos usando uniforme eram designados para atividades de construção ou intendência, neste último servindo basicamente na Marinha e dentro destes serviços estavam o nada agradável, registro e inventário de sepulturas. O governo alegava que os negros não eram suficientemente motivados ou agressivos para lutar.
92th Buffalo Divisão perseguindo alemães
em retirada através do Vale do Pó

Apesar de reconhecida como uma unidade composta de negros, mesmo dentro dela havia segregação começando com os oficiais de primeira linha, onde todos os oficiais superiores eram brancos, ficando os negros com os comandos de segunda linha (oficiais inferiores).
Sob o comando do General de Divisão Edward Almond, a 92th iniciou seu treinamento de combate em outubro de 1942, seguindo para ação na Itália no verão de 1944, subordinada inicialmente à 1 ª Divisão Blindada .
Durante a campanha tiveram contato com as tropas francesas e britânicas, nas quais a segregação etno racial (de negros africanos, marroquinos, argelinos, indianos, gurkhas, árabes e judeus palestinos) também era regra. Também travaram contato com europeus exilados provenientes dos países ocupados pela Alemanha (poloneses, gregos e tchecos) italianos antifascistas (tanto tropas regulares quanto guerrilheiros partigiani) assim como com as tropas da Força Expedicionária Brasileira, que, ao invés de segregacionismo, possuíam diversidade étnica.

Depois do desembarque na área continental da Itália em Salerno, em 9 de setembro de 1943, os aliados haviam tentado sem sucesso destruir Kesselring antes de janeiro de 1944.
Agora eles mais uma vez esperavam fazer significativos avanços antes das nevascas de inverno que estavam para cair.
Em 1º de setembro, os três batalhões do 370º Regimento, junto com elementos da 1ª Divisão Blindada, cruzaram o Rio Arno e avançaram para o norte por três ou quatro quilômetros. O 370º de Engenharia e o 1º de Engenharia Blindada já haviam limpado os campos minados e preparado o terreno para cruzar o Arno.
Os alemães contra-atacaram com fogo de armas portáteis, metralhadoras e artilharia, enquanto seus elementos avançados começaram a retirar-se em direção à linha Gótica. Os soldados da Divisão Búfalo avançaram para o norte, além do monte Pisano e atacaram a cidade de Lucca. Eliminaram o restante da resistência inimiga ao longo da estrada conectando Pisa a Luca.
O ataque principal começou em 10 de setembro, e três dias depois os soldados Búfalo e os Tanquistas da 1ª Blindada estavam na base nos Apeninos setentrionais. No dia 18 de setembro, o II Corpo tinha rompido a Linha Gótica no passo Il Giogo e muitos dos tanques da 1ª Blindada foram enviados para aquela área. O IV Corpo consolidou suas unidades, enquanto mantinha sua seção da linha até tarde no mês, quando patrulhas dos soldados Búfalo entraram no Vale do Serchio.
Principais Condecorações
2 - Distinguished Service Cross
 1 - Distinguished Service Medal
 208 - Silver Star
 16 - Legion of Merit
 6 - Soldier's Medal
 1.166 - Bronze Star
 1891 - Purple Heart
 8 - Order of the Crown of Italy
 17 - Military Cross for Military Valor
 22 - Military Cross for Merit in War
 1 - Medalha de Guerra (Brazil)

obs:- os números que aparecem do lado esquerdo
de cada título de medalha, significa a quantidade de medalhas ganhas
em combate por soldados da 92th.

fonte:  Wikipédia, anotações pessoais do autor do blog e pesquisas na web.

Espero que tenham apreciado o tema abordado.
Até o próximo post.
Forte Abraço!
Osmarjun

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

"The Express Death" (O Expresso da Morte) - Upgrade

Amigos, mas um post para atualizar as imagens do trabalho. Adicionei mais detalhes na rua e o GMC recebeu os decais, as portas laterais ainda não estão fixadas, o motorista já foi fixado em seu assento.
Optei por fazer na cor de pele negra, por dois motivos, o primeiro porque nunca nos meus trabalhos me atreví a tentar pintar uma figura com esta cor de pele.
Segundo porque em muitos batalhões na Segunda Guerra e principalmente no 92th Divisão de Infantaria Americano, inteiramente formada por negros os serviços dados à eles sempre eram aqueles mais ínfimos, por serem taxados de inferiores aos brancos ou os mais perigosos, aqueles que na quase certeza não havia possibilidade de retorno.
Este foram os dois motivos que me levaram a construir e pintar a figura do meu motorista de negro.
No próximo post, um pouquinho da história da 92th para ilustrar ainda mais as pesquisas para este trabalho.







Mais uma vez vale ressaltar que o desgaste ainda não foi trabalhado, fiz apenas um
leve wash. Como diz meu bom Amigo Panzerserra, com quem concordo plenamente,
 o "esmerdeamento" se faz necessário para deixar o bicho com cara de bastante usado.

Espero que gostem,
Forte Abraço!
Osmarjun

sábado, 1 de outubro de 2011

"The Express Death" (O Expresso da Morte) - Carga de explosivos

Seguindo na montagem da vinheta, agora dando acabamento à carga de explosivos, mais especificamente a lona de cobertura da carga.

aerografando com a cor básica de fundo

cor básica aplicada


 nos rebaixos uma tonalidade de verde mais escura


Um pincel seco para realçar a subida de luz


Aqui, nesta última foto o flash da máquina
estourou um pouco a tonalidadede verde,
porém a olho nú a composição ficou bem melhor.
No próximo post prometo fotos que passam uma idéia melhor
do envelhecimento da lona que cobre as caixas de explosivos.

Até o próximo post.
Forte Abraço!
Osmarjun